A Terra em alerta
O planeta esquenta e a catástrofe é iminente. Mas existe solução
Ondas de calor inéditas. Furacões avassaladores. Secas intermináveis onde antes havia água abundante. Enchentes devastadoras. Extinção em massa de animais e plantas. Incêndios florestais. Derretimento dos pólos. E outros desastres naturais que fogem ao controle humano.
Há décadas, pesquisadores alertavam que o planeta sentiria no futuro o impacto do descuido do homem com o ambiente. Na virada do ano 2000, os avisos já não se faziam necessários – as catástrofes causadas pelo aquecimento global se tornaram realidades presentes em escala global. Os desafios duplicaram: se adaptar à iminência de novos e mais dramáticos desastres naturais; e buscar soluções para amenizar o impacto destes.
Em tempos de aquecimento global, uma nova entidade internacional tomou as páginas de jornais e revistas do planeta – o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), criado pela ONU para buscar um consenso mundial sobre o tema. Seus relatórios ganharam destaque por trazer as principais causas do problema, e apontar para possíveis metas e soluções que poderiam reverte-lo.
Em 2007, o painel divulgou três textos. No primeiro, de fevereiro, o IPCC responsabilizou a atividade humana pelo aquecimento global – algo que já se sabia, mas nunca tinha sido confirmado por uma instituição deste porte. Advertiu também que, mantido o crescimento atual dos níveis de poluição atmosférica, a temperatura média planetária subirá 4 graus até o fim do século XXI. O relatório seguinte, apresentado em abril, tratou do potencial avassalador do fenômeno e concluiu que ele poderá provocar extinções em massa, elevação oceânica e devastação em áreas litorâneas.
A surpresa veio no terceiro documento da ONU, divulgado em maio. Resumidamente, ele revela que, se o homem causou o problema, pode também resolvê-lo. E por um preço relativamente modesto – pouco mais de 0,12% do PIB mundial por ano até 2030. Embora contestado por ambientalistas e ONGs que defendem o meio ambiente, o número merece atenção.
O 0,12% do PIB mundial seria gasto tanto pelos governos, para viabilizar o desenvolvimento de tecnologias renováveis, como pelos consumidores, que precisariam de uma transformação em seus hábitos. O objetivo final? Reduzir as emissões de gases do efeito estufa, o que impede a dissipação do calor e aumenta a temperatura atmosférica.
O aquecimento global não será solucionado apenas com a publicação dos relatórios do IPCC. Nem com a conclusão de que a redução de emissões de gases pode ter um preço que não é inalcançável. Apesar de serem bons pontos de partida para orientar as ações, os documentos não têm o poder de obrigar um ou outro país a tomar providências. Para a obtenção de resultados significativos, o esforço de redução da poluição precisa ser global. O fracasso do Tratado de Kioto, ao qual os Estados Unidos, os maiores emissores de CO2 do mundo, não aderiram, mostra claramente os problemas colocados diante das tentativas de conter o aquecimento global.
O planeta esquenta e a catástrofe é iminente. Mas existe solução
Ondas de calor inéditas. Furacões avassaladores. Secas intermináveis onde antes havia água abundante. Enchentes devastadoras. Extinção em massa de animais e plantas. Incêndios florestais. Derretimento dos pólos. E outros desastres naturais que fogem ao controle humano.
Há décadas, pesquisadores alertavam que o planeta sentiria no futuro o impacto do descuido do homem com o ambiente. Na virada do ano 2000, os avisos já não se faziam necessários – as catástrofes causadas pelo aquecimento global se tornaram realidades presentes em escala global. Os desafios duplicaram: se adaptar à iminência de novos e mais dramáticos desastres naturais; e buscar soluções para amenizar o impacto destes.
Em tempos de aquecimento global, uma nova entidade internacional tomou as páginas de jornais e revistas do planeta – o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), criado pela ONU para buscar um consenso mundial sobre o tema. Seus relatórios ganharam destaque por trazer as principais causas do problema, e apontar para possíveis metas e soluções que poderiam reverte-lo.
Em 2007, o painel divulgou três textos. No primeiro, de fevereiro, o IPCC responsabilizou a atividade humana pelo aquecimento global – algo que já se sabia, mas nunca tinha sido confirmado por uma instituição deste porte. Advertiu também que, mantido o crescimento atual dos níveis de poluição atmosférica, a temperatura média planetária subirá 4 graus até o fim do século XXI. O relatório seguinte, apresentado em abril, tratou do potencial avassalador do fenômeno e concluiu que ele poderá provocar extinções em massa, elevação oceânica e devastação em áreas litorâneas.
A surpresa veio no terceiro documento da ONU, divulgado em maio. Resumidamente, ele revela que, se o homem causou o problema, pode também resolvê-lo. E por um preço relativamente modesto – pouco mais de 0,12% do PIB mundial por ano até 2030. Embora contestado por ambientalistas e ONGs que defendem o meio ambiente, o número merece atenção.
O 0,12% do PIB mundial seria gasto tanto pelos governos, para viabilizar o desenvolvimento de tecnologias renováveis, como pelos consumidores, que precisariam de uma transformação em seus hábitos. O objetivo final? Reduzir as emissões de gases do efeito estufa, o que impede a dissipação do calor e aumenta a temperatura atmosférica.
O aquecimento global não será solucionado apenas com a publicação dos relatórios do IPCC. Nem com a conclusão de que a redução de emissões de gases pode ter um preço que não é inalcançável. Apesar de serem bons pontos de partida para orientar as ações, os documentos não têm o poder de obrigar um ou outro país a tomar providências. Para a obtenção de resultados significativos, o esforço de redução da poluição precisa ser global. O fracasso do Tratado de Kioto, ao qual os Estados Unidos, os maiores emissores de CO2 do mundo, não aderiram, mostra claramente os problemas colocados diante das tentativas de conter o aquecimento global.
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